Um assunto que pode
estar em sua prova de domingo que vem (UFG - 06/05/2012), por se tratar de um
assunto tão importante devemos redobrar a atenção na hora de estuda-lo, seguem
um texto e um vídeo (feito pelo canal Cultura) que é muito bem elaborado e vai
dar aquela forcinha no seu vestibular.
Primavera Árabe
Em dezembro de 2010
um jovem tunisiano, desempregado, ateou fogo ao próprio corpo como manifestação
contra as condições de vida no país. Ele não sabia, mas o ato desesperado, que
terminou com a própria morte, seria o pontapé inicial do que viria a ser chamado
mais tarde de Primavera Árabe. Protestos se espalharam pela Tunísia, levando o
presidente Zine el-Abdine Ben Ali a fugir para a Arábia Saudita apenas dez dias
depois. Ben Ali estava no poder desde novembro de 1987.
Inspirados no
"sucesso" dos protestos na Tunísia, os egípcios foram às ruas. A
saída do presidente Hosni Mubarak, que estava no poder havia 30 anos, demoraria
um pouco mais. Enfraquecido, ele renunciou dezoito dias depois do início das
manifestações populares, concentradas na praça Tahrir (ou praça da Libertação,
em árabe), noCairo, a capital do Egito. Mais tarde, Mubarak seria internado e,
mesmo em uma cama hospitalar, seria levado a julgamento.
A Tunísia e o Egito
foram às urnas já no primeiro ano da Primavera Árabe. Nos dois países, partidos
islâmicos saíram na frente. A Tunísia elegeu, em eleições muito disputadas, o
Ennahda. No Egito, a Irmandade Muçulmana despontou como favorito nas apurações
iniciais do pleito parlamentar.
A Líbia demorou bem
mais até derrubar o coronel Muamar Kadafi, o ditador que estava havia mais
tempo no poder na região: 42 anos, desde 1969. O país se envolveu em uma
violenta guerra civil, com rebeldes avançando lentamente sobre as cidades ainda
dominadas pelo regime de Kadafi. Trípoli, a capital, caiu em agosto. Dois meses
depois, o caricato ditador seria capturado e morto em um buraco de esgoto em
Sirte, sua cidade natal.
O último ditador a
cair foi Ali Abdullah Saleh, presidente do Iêmen. Meses depois de ficar
gravemente ferido em um atentado contra a mesquita do palácio presidencial
emSanaa, Saleh assinou um acordo para deixar o poder. O vice-presidente, Abd
Rabbuh Mansur al-Radi, anunciou então um governo de reconciliação nacional. A
saída negociada de Saleh foi também fruto de pressão popular.